Olá! Vamos aprender mais sobre a vitamina D?
Uma curiosidade logo de início: apesar de ser chamada de vitamina D, esta substância é, na verdade, um pró-hormônio, ou seja, ele dá origem a vários hormônios importantes para o corpo. No entanto, devido à popularidade do nome, vamos continuar chamando-a de vitamina D.
A vitamina D está presente nos alimentos, mas sua concentração é insuficiente, fornecendo apenas 20% do que necessitamos diariamente.
Eu resolvi escrever sobre isso, porque a deficiência de Vitamina D está se tornando uma questão de saúde pública!
Já se foi o tempo em que isso era associado somente com ossos fracos. A cada dia, mais doenças estão sendo incluídas na lista. Estas são as 8 doenças relacionadas com a deficiência de vitamina D:
• Acidente vascular cerebral (AVC);
• Doenças cardiovasculares (principalmente hipertensão arterial);
• Esclerose múltipla;
• Artrite reumatoide;
• Tireoidite de Hashimoto;
• Lúpus;
• Diabetes;
• Cânceres de mama, intestino, próstata, pulmão e linfático.
Leitura recomendada: 8 remédios (naturais) que curam
Outros problemas associados à falta da vitamina D
Em verdade (e infelizmente), são bem mais que 8 doenças…
Um estudo feito entre pacientes com AVC, que foram tratados em um hospital dos Estados Unidos entre 2013 e 2014, mostrou que pessoas com baixos níveis sanguíneos de vitamina D (menos de 30 nanogramas por mililitro) tinham cerca de duas vezes maiores áreas de tecido cerebral morto relacionada com acidente vascular cerebral do que aqueles com níveis normais de vitamina D.
Quanto mais baixo o nível de vitamina D, as chances de uma recuperação saudável nos três meses após o AVC diminuía pela metade, independentemente da idade ou da gravidade inicial do caso.
Pessoas com níveis mais elevados de vitamina D tendem a ter pressão arterial mais baixa e são menos propensos a desenvolver hipertensão.
Em certas doenças auto-imunes, o aumento da atividade da doença está associada com níveis mais baixos de vitamina D.
A vitamina D facilita o trabalho da insulina, que é o hormônio que permite a entrada, nas células, da glicose circulante no sangue. No caso da diabetes tipo II, a insulina ela não consegue cumprir sua função corretamente e o resultado é o acúmulo de glicose na circulação sanguínea.
Estudos mostram que 60% dos diabéticos do tipo II e 40 % dos pré-diabéticos têm deficiência desta vitamina.
Também foi observado que as taxas de incidência e de mortalidade para certos tipos de câncer foram menores entre os indivíduos que vivem mais perto da linha do Equador. Nesta região os níveis de exposição à luz solar são relativamente elevados, favorecendo os que lá vivem. Não podemos dizer o mesmo daquelas que vivem em regiões mais distantes.
Livro recomendado: Saúde Nua e Crua – transforme sua vida com a reeducação alimentar
A obesidade e a falta da vitamina D
É quase unânime entre os cientistas que, quanto mais obesa a pessoa, menos vitamina D ela apresenta. Não está claro, porém, se a obesidade por si só diminui a presença da vitamina no organismo ou se é o contrário.
Mas, mesmo sem conhecer os mecanismos pelos quais a baixa concentração da substância contribui para o acúmulo de gordura, os médicos estão incluindo a reposição da vitamina. Isto agora faz parte da lista de estratégias mais recentes na briga contra a balança.
Essa vitamina participa no metabolismo do cálcio e do fósforo, por isso, ossos fortes e carência de vitamina D não combinam.
Qual o motivo dessa realidade?
1. Hoje em dia, praticamente todos nós fugimos do sol e quando nos expomos a ele, não abrimos mão do protetor solar.
2. Nossos trabalhos são em lugares fechados. Saímos de casa ainda sem sol e quando retornamos o sol já foi embora.
Você se encaixa em uma dessas realidades?
Leitura recomendada: Leptina: qual a relação deste hormônio com o ganho de peso?
O sol e a vitamina D
Num passado não muito distante, o estilo de vida era bem diferente. Além de atividades ao ar livre, as pessoas andavam mais de bicicleta ou à pé, portanto, a exposição ao sol era maior.
Não é nenhuma novidade que a melhor maneira de se obter a vitamina D é através da exposição solar.
Mas como encontrar o ponto de equilíbrio entre se expor ao sol e contrair um câncer de pele ou não se expor e ficar com deficiência?
O que dizer dos efeitos do sol a favor do câncer de pele? O sol causa câncer de pele ou o sol protege a pele do câncer?
Estudos mostram que corpos que tem níveis adequados de vitamina D, entre outros fatores, quando percebem células estranhas que não fazem parte de um corpo saudável, logo às destroem, antes de começarem a se multiplicar. Daí a importância que essa exposição ao sol seja na medida certa, e vamos falar disso já já, mas antes, qual a dosagem recomendada de vitamina D?
Os especialistas recomendam uma dosagem de 10.000 a 25.000 unidades por dia de vitamina D. Vamos entender isso melhor.
As 3 radiações ultravioletas
– Ultravioleta C é praticamente toda filtrada pela camada de ozônio, ou seja, praticamente não chega até a terra.
– Ultravioleta A é praticamente constante durante o dia e é ela que bronzeia, mas também é ela que trás envelhecimento, rugas e manchas na pele e predispõe a pele ao surgimento do câncer.
– Ultravioleta B penetra superficialmente na camada da epiderme, local onde é convertida a vitamina D. Essa radiação é concentrada no meio do dia, entre 10 e 16 horas. Apesar de deixar a pele vermelha e “ardida” este é o horário de maior concentração destes raios. A recomendação é que você se exponha neste horário, sem protetor solar e com partes do corpo descoberta. Quando você perceber que sua pele está um pouco vermelha é porque o tempo já foi o suficiente.
Em termos práticos, o tempo de exposição recomendado é de três a quatro vezes na semana, entre 10 e 15 minutos para pessoas de pele mais clara, e entre 15 e 20 minutos para as pessoas de pele mais escura.
Não se esqueça que pessoas de pele mais escura precisam de um tempo maior que as de pele clara, pois a quantidade aumentada de melanina é uma proteção contra radiação ultravioleta, ou seja, os de pele mais escura tem menor chance de formar câncer de pele, porém, maior chance de deficiência de vitamina D.
Lembre-se que o uso de filtro solar é um empecilho à formação da vitamina na pele. Por isso, exponha partes do corpo (braços e pernas, por exemplo) ao sol diariamente, sem filtro solar, e faça a aplicação do filtro solar no rosto e pescoço.
Há casos em que seu médico vai te contraindicar o sol, devido à presença de alguma outra doença, por exemplo. Nesses casos, a suplementação é o mais indicado. O mesmo se dá para uma pessoa que não consegue se expor ao sol devido à sua rotina e ambiente fechado durante o trabalho.
Leve saúde para mais pessoas: Palestra – Os 3 Pilares do Viver Saudável
Considerações finais
Não é comum que seu médico, por iniciativa própria, peça exames para avaliar o nível de vitamina D. No entanto, sabendo da importância dessa vitamina, é imprescindível que ela acompanhe os outros exames de rotina.
Estas são as interpretações da concentração de vitamina D num exame de sangue:
– Dosagens iguais ou superiores a 30 ng/ml estão na faixa da normalidade, cujo limite máximo é 100 ng/ml.
– Menor do que 30 ng/ml (nanogramas por mililitro de sangue) é insuficiente.
– Abaixo de 10 ng/ml são classificados como insuficiência grave.
Para finalizar, lembre-se que você não deve ingerir (como suplemento) vitamina D indiscriminadamente. Em doses excessivas, ela causa enjoo, desidratação, prisão de ventre e pode aumentar a quantidade de cálcio no organismo, elevando a pressão arterial e gerando pedras nos rins. A suplementação deve ser bem monitorada por seu médico, juntamente com exames periódicos de sangue.
Espero que tenha gostado! Deixe seus comentários abaixo e continue plantando Sementes da Saúde em sua vida! Beijos!
Aurideia Vasconcelos
Permalink
Auridéia gostei muito.
Como saber a taxa que devemos ter de vitamina D em nosso corpo?
Eu tomo Marevan 5 mg, devido a válvula metálica aórtica.
Abraços!
Permalink
Olá Carlos! Bom ter você conosco!
O ideal é que a suplementação seja feita de acordo com o peso específico de cada pessoa, por exemplo, para peso normal, sobrepeso e obeso. Ainda existe alguma divergência com relação ao valor ideal.
A faixa de normalidade é de 30 a 74 nanogramas por mililitros (ng/mL). O limite máximo é 100 ng/ml.
Converse com seu médico para uma suplementação segura e precisa para o seu caso.
Um abraço!
Permalink
Gostei da matéria. Tenho uma amiga que está com nível de “vitamina D” baixo, ela anda até depessiva.
Vou mostrar está matéria para ela. Bjs
Permalink
Olá Eliana!
É provável que muitas pessoas próximas de nós estejam com essa deficiência (inclusive nós mesmas), sem se dá conta. Por isso a importância do sol ou suplementação.
Um beijo querida!
Permalink
Olá gostei do artigo, espero mais matérias interessante como esta.
Permalink
Olá Antonio!
É um prazer tê-lo conosco e fique a vontade para sugerir novos temas.
Um abraço!
Permalink
Excelente matéria. Estive em consulta recente com médica reumatologista, para tratamento de osteoporose, e suas informações vieram a confirmar. Grata!
Permalink
Adorei estou com neuropatia de mortos nos pés e com reumatismo no corpo todo, mas os médicos não usam a mesma linguagem, fico se cana direto.
Agora fiz consulta por fone com médico do RJ e creio que irei melhorar
Foi ótimo ler essa matéria