A Dieta da Proteína e sua promessa de emagrecer sem deixar de comer

Olá! Espero que esteja tudo bem com você, em especial com sua saúde! 🙂

Hoje vou contar o resultado de uma experiência vivida com uma amiga. Foi uma convivência de apenas quatro semanas, onde eu pude perceber que a luta de algumas pessoas contra a balança pode ser uma caminhada longa, cansativa e de muitas frustrações.

A batalha do emagrecimento e a dieta da proteína

Ela tinha uma rotina semanal de três horas diárias na academia, com grande restrição calórica (não comia praticamente nada), e ainda assim, pouco resultado ao subir na balança. Toda essa maratona em troca de um “mísero” quilo a menos, a cada 10 dias aproximadamente.

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Depois de alguns dias frustrantes, ela decidiu experimentar mais uma dessas várias dietas que existem por aí. Desta vez, a escolhida se chamava dieta paleolítica ou dieta da proteína.

Para a alegria dela (e surpresa minha) os resultados começaram a aparecer rapidamente! No segundo dia da dieta ela perdeu 400g. Em uma semana já tinha perdido 3kg. Tudo sem restrição alimentar. Aliás, muito ao contrário. Ela comia bem ao menos duas de suas refeições diárias, e reduziu os exercícios físicos. Parecia milagre!

Mas isso não é novidade. Prova disso são os muitos artigos que abordam o tema (embora ainda haja um bom número de pessoas que ainda não ouviram falar do assunto). O fato é que tanto em estudos como na prática, esta dieta, que gera tantos preconceitos, funciona.

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Entendendo melhor a dieta da proteína

Existem várias dietas que prometem a perda de peso. Outras novas ainda surgirão. A obesidade no Brasil (e em vários outros países) já é um problema de saúde pública. Nesse texto não falaremos dos “vilões engordativos” que contribuem com o aumento da obesidade, mas analisaremos a dieta da proteína, que já se mostrou eficaz quando o assunto é perda de peso rápido.

Porém, até onde e até quando podemos fazer uso dessa dieta?

Um dos estudos mais antigos e conhecidos sobre a dieta da proteína, foi feito com 10 aborígines australianos entre 35 e 58 anos de idade. Eles estavam diabéticos e com sobrepeso. Foram orientados a viverem como caçadores por dois meses. Deveriam comer somente o que conseguissem através da caça e também o que colhessem nas suas regiões de origem.

Esse não era o estilo de vida que eles viveram até o presente estudo. A dieta do cotidiano deles consistia de farinha de trigo, açúcar, arroz, refrigerante, álcool, leite em pó e batatas. Porém, na nova dieta durante os meses de estudo, eles comeriam carne de vaca, canguru, crocodilo, peixe, tartaruga, inhames, mel e figos.

O consumo de gordura daqueles homens variou entre 13 e 40%, enquanto o de proteínas ficava entre 50 e 80%. Já os carboidratos, tiveram seu consumo variando entre 5 e 33% de tudo o que comeram.

Com esta dieta, eles perderam 8 kg em 7 semanas, não eram mais diabéticos e os triglicérides melhoraram muito. As principais mudanças observadas foram na diminuição de calorias ingeridas (“zero” em comidas industrializadas e nada de comidas processadas).

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Emagrecer sem “passar fome”

A dieta da proteína consiste basicamente no consumo de muitos ovos, carnes, peixes, castanhas, nada de grãos, leguminosas e nem laticínios. Já a dieta da AHA (Associação Americana de cardiologia), é a mais usada no mundo para a redução de colesterol.

Quando as duas dietas foram comparadas, a dieta da proteína se mostrou mais eficaz na melhoria de lipídeos sanguíneos e mostrou maior perda de peso com menor consumo de calorias.

Um dos fatores responsáveis por esse sucesso é a possibilidade de emagrecer sem “passar fome”. Nessa dieta você pode comer até ficar saciado (algo quase proibido na maioria das dietas).

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Viver de proteínas não é uma tarefa das mais fáceis. Já pensou em ficar sem comer pães, bolos, tortas, pasteis, biscoitos, arroz, macarrão, batatas e até mesmo alguns legumes que tenham mais carboidratos?

Por isso a dieta da proteína é mais efetiva nos primeiros meses, e a recuperação do peso perdido pode acontecer rapidamente. E para que a dieta continue funcionando é preciso praticá-la continuamente.

Esse assunto é vasto e para abordá-lo escrevi um outro texto, onde explico:

Um abraço, muita saúde, e até breve! 🙂

Aurideia Vasconcelos


Referências:

1.Foster GD, et al. Um estudo randomizado de uma dieta pobre em carboidratos para obesidade. New England Journal of Medicine, de 2003.

2. Jönsson T, Granfeldt Y, Ahrén B, Branell UC, Pålsson G, Hansson A, Söderström M,Lindeberg S. Beneficial effects of a Paleolithic diet on cardiovascular risk factors in type2 diabetes: a randomized cross-over pilot study. Cardiovasc Diabetol. 2009;8:356. Frassetto LA, Schloetter M, Mietus-Synder M, Morris RC, Jr., Sebastian A: Metabolicand physiologic improvements from consuming a paleolithic, hunter-gatherer type diet. Eur J Clin Nutr 2009.

3 Comentários


  1. Olá, gostei do artigo, aguardo mais dicas como esta. Para eu que estou começando agora são dicas muito importantes.

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  2. Parabéns pelo conteúdo, é sempre bom cuidar da saúde. Obrigada por compartilhar com a gente, adorei!

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